6.


Imagina.
Uma anarquia onde as pessoas, em particular as mulheres podem simplesmente aceitar quem são e viver cada um dos papéis. Mãe, mulher, puta.

Um mundo ideal onde não existe o calor frustrante do desejo insatisfeito. Um universo feito de prazeres carnais, de satisfações, de beijos animais que nos deixam com um sorriso nos lábios.
Momentos suaves, palavras bonitas e insultos deliciosos. Toques na ponta dos dedos que arrepiam a pele. Arabescos desenhados na ponta da língua que fazem inchar o clitoris e sexos que rasgam as entranhas. Todos os possíveis quando existe confiança, a vontade da partilha e do gozo.

Uma utopia na qual a mulher é livre de poder assumir os seus desejos e os seus paradoxos. Ser cadela esfomeada e mulher romântica. Submissa que ama a marca do chicote e dominadora.
Um diabo que quer sexo sujo e uma santa descida do altar. Uma apaixonada e uma puta.
Um sonho de paz com ela própria, de harmonia com os outros e a liberdade.
A liberdade construída que faz vibrar as cordas da vida.

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